“Tha ballad of intimacy” nasce de um questionamento: qual é o som da intimidade? É desse lugar que começa essa jornada, com diversos questionamentos e meandros próprios, e nada mais justo que o próprio host seja o primeiro a responder essa questão.
“Como soa a intimidade de um voyeur? Como soa a minha intimidade?” Foram essas as questões que tentei responder no momento em que comecei a planejar esse set. Não encontrei um som específico, mas me perdi numa extensa miríade de imagens possíveis e telas que me despertavam a atenção. Tudo no final das contas para mim se resume em imagens, e até mesmo meu som se faz com imagens, queria uma tela da minha solidão, do sol que bate em minha janela em dias frios e me lembra que preciso ir trabalhar, o meu reflexo na tela de loading do computador enquanto espero algum render terminar.
Por uma fotografia que possa falar da minha solidão e chegar até outras pessoas que precisem ouvir, essa sempre foi minha motivação, mas foi nesse lugar que a ideia de uma ‘balada’ para a intimidade surgiu: no final do dia, será que realmente temos aquilo que é necessário para encontrar nossa própria fragilidade? Faço de mim apenas um avatar nesse momento, espero que esse som atinja outros que, assim como eu, também precisam de um tempo para encontrar a própria fragilidade.